sábado, 26 de junho de 2010

A vez das mulheres...

Por Carlos César, do Portal Bayeux em Foco.


As mulheres são a maioria da população brasileira e do eleitorado brasileiro, porém a participação feminina na política brasileira ainda é muito pequena. A representação feminina no congresso é de apenas 8,5%, sendo oito senadoras e 43 deputadas federais.

A luta das mulheres brasileiras no processo eleitoral é a forma mais eficaz de aumentar a participação feminina nas decisões políticas do Brasil. O número de mulheres com participação política, conforme dados do IBGE mostram que apenas 9,2% das prefeituras do País são chefiadas por mulheres. Significando apenas 512 prefeitas em todo o Brasil. Apesar de ter havido um aumento no número de mulheres em comparação com o ano de 2005 quando as mulheres ocupavam apenas 8,1%, a participação ainda é muito tímida e precisa ser estimulada.

Com as eleições a porta e a presença de uma mulher candidata a Presidência da Republica espera-se um aumento no número de mulheres candidatas e esses números cresçam significantemente já que teremos eleições para Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador, Senador e Presidente da República.

As mulheres contam com um estimulo a mais. É que a minireforma eleitoral, aprovada no ano passado, determinou a obrigatoriedade de que cada partido ou coligação apresente em suas chapas proporcionais pelo menos 30% das vagas preenchidas por mulheres. A reforma também assegura que um percentual dos recursos do Fundo Partidário, nunca inferior a 5% do total, seja destinado à formação de quadros políticos femininos. Também ficou definido que as mulheres inscritas numa chapa terão direito a 10% do tempo reservado à propaganda eleitoral gratuita dos partidos e coligações a que estiverem vinculadas

A candidata a Presidenta, Dilma Rousseff é outro estimulo para que o número de mulheres nesta eleição aumente. Dilma vem subindo desde o começo do ano, no mesmo passo em que vai se tornando mais conhecida. À medida em que sobe, as alianças regionais vão se tornando mais fáceis – e isso vai ser o decisivo de agora em diante. E, à medida em que sobe, a militância se anima, o que sempre garante uns pontinhos.

A participação das mulheres, principalmente nas cidades nordestinas, que participam de administrações, principalmente como secretárias municipais é muito grande o que deixa claro a grandiosidade da luta pela conquista de direitos de gênero na região, tradicionalmente marcada pelo predomínio ferrenho dos homens sobre esposas e filhos.

Aumentar a participação das mulheres na política é uma realidade que precisamos alterar e obtermos avanços significativos nas políticas públicas que se referem à igualdade de gêneros e à defesa dos interesses específicos do universo feminino.

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