sábado, 31 de julho de 2010
Situação de Serra se complica...
Pesquisa IBOPE: Maranhão- 48%, Ricardo-32%...
Da Redação, com informações do Paraíba1
ClickPB
Lourdes Sarmento (PCO) obteve 1% dos votos. Já, Nelson Júnior (PSOL), Chico Oliveira (PCB) e Marcelino Rodrigues (PSTU) não pontuaram. Os votos em branco ou nulos somaram 10% e indecisos também ficaram em 10%.
Em relação à última pesquisa, José Maranhão (PMDB) manteve a pontuação e Ricardo Coutinho caiu 4 pontos percentuais.
Num eventual segundo turno, o candidato do PMDB venceria as eleições com 51% dos votos - subindo dois pontos em comparação com a pesquisa anterior - contra 35% de Ricardo Coutinho, que caiu quatro pontos. Os entrevistados que declararam votos em branco ou nulos somaram 8% e indecisos 7%.
A pesquisa IBOPE foi realizada entre os dias 27 e 29 de julho e ouviu 1008 eleitores em todas as regiões do Estado. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e seu grau de confiança é de 95%.
Esta é a segunda pesquisa do IBOPE divulgada este ano na Paraíba. Os números da primeira consulta, apresentados em maio, apontaram o governador Maranhão na liderança da corrida eleitoral com 48% dos votos, contra 36% de Ricardo Coutinho, no primeiro turno.
A candidata Lourdes Sarmento (PCO) apareceu com 1%, enquanto que Nelson Júnior (PSOL) e Érico Feitosa (PHS) não pontuaram. Brancos e nulos somaram 9% e os indecisos, 6%.
Num eventual segundo turno, o peemedebista venceria as eleições com 49% das intenções dos votos contra 39% do socialista.
Amanhã, no JPB 1ª edição, serão divulgados os números para o Senado. Na última pesquisa IBOPE, Cássio Cunha Lima (PSDB) ficou em primeiro lugar com 45% dos votos, seguido do senador Efraim Morais (DEM), com 20% dos votos. Em terceiro lugar, apareceu o deputado federal Vital Filho (PMDB), com 14%. Empatados em 10% estavam os então candidatos Luiz Couto (PT), Ney Suassuna (PP) e Roberto Paulino (PMDB).
Pesquisa por região
José Maranhão venceria em quatro das seis regiões do Estado, de acordo com a atual pesquisa do IBOPE.
Contrariando o resultado da pesquisa anterior, Ricardo Coutinho conseguiu um novo fôlego em João Pessoa e sairia dos 35% obtidos na pesquisa anterior para 39% na consulta atual. Já, José Maranhão perdeu 8 pontos, caindo de 44% para 36% das intenções de voto.
Em Campina Grande, terra do candidato a vice-governador pela oposição, Rômulo Gouveia (PSDB), Ricardo Coutinho também largou na frente com 42% dos votos contra 38%, atribuídos a Maranhão. Na pesquisa de maio, o socialista teve 39 pontos e Maranhão apareceu com 32.
Apesar da vantagem na Rainha da Borborema, o candidato do PSB cresceu apenas 3%, enquanto Maranhão deu uma guinada de 6%.
Nas demais regiões da Paraíba, o candidato à reeleição venceria as eleições. Na Zona da Mata, ele ficou com 52% contra 29% de Ricardo. No Agreste, obteve 46% contra 32% do socialista.
Na Borborema, ficou com 52% contra 31% e no Sertão, com 57% contra 24% do candidato da oposição.
Em maio, Maranhão também venceria na Zona da Mata com 53% contra 35% de Ricardo, no Agreste com 53% contra 38%, na Borborema conseguiu 58 pontos contra 27 e no Sertão teve 48% contra 35% de seu adversário.
Fonte:Click PB
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Temer: “Sérgio não é de guerra”...
Sérgio Guerra é como a personagem Ofélia, do antigo programa humorístico “Balança mas não cai”, que botava o marido Fernandinho nos maiores apuros ao falar barbaridades, sempre seguidas pelo bordão “só abro a boca quando tenho certeza”.
O presidente do PSDB chamou o Bolsa Família de programa eleitoral, disse à Veja que se eleitos os tucanos acabariam com o PAC, contou para Roberto Jefferson que Álvaro Dias seria o vice de Serra, tentou contornar a mentira do Serra de que teria criado o FAT, enfim, tantas declarações “acertadas” que Lula o classificou com propriedade.
Depois de ter errado o vice e ver o estrago que o Da Costa anda fazendo, Guerra resolveu partir para o ataque contra Michel Temer, o vice de Dilma, chamando-o de “um guarda-roupa que ninguém quer nem faz questão”, como contou a coluna Radar Político, do Estadão.
Temer, que estava quieto no seu canto sem procurar aparecer como o vice de Serra, nem se abalou e destruiu o adversário com apenas uma declaração: “Coitadinho do Sérgio. Ele não é de guerra. Foi obrigado a fazer essas declarações. Mas eu não quero entrar nesse nível mais baixo da campanha. A Dilma e eu estávamos ontem em Natal no encontro da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) para debater o avanço científico do País. Eles deveriam fazer a mesma coisa.”
Guerra podia ter ido dormir sem essa e vai passar a noite em claro pensando qual a próxima declaração que irá fazer. Mas só quando tiver certeza, viu Sérgio?
Fonte: Blog do Brizola Neto
Serra quer subir pedágios. É “O Brasil paga mais”...
Comentei hoje mais cedo que para flagrar Serra não é preciso nenhum boato. Basta ler os jornais e ouvir o que ele fala. Pois agora mesmo, em entrevista ao portal R7, segundo conta o UOL, o tucano disse que, se eleito, vai mudar o regime de concessão do governo Lula para rodovias federais, que privilegia a menor tarifa ao usuário. Leia-se: o preço dos pedágios vai aumentar e ficar como em São Paulo.
Não basta torturar os paulistas com os pedágios mais caros do país. Serra quer levar os preços altos a todo o território nacional, com a lógica que adotou em São Paulo. Lá ele cobra pela outorga (“dinheirinho no caixa”), e apenas estabelece uma tarifa máxima. Claro que é a tarifa máxima a que os empresários cobram. Ou alguém já viu empresário bonzinho cobrando menos quando o governo diz que pode cobrar mais.
Aliás, o PSDB podia mudar de slogan: devia ser “Com Serra, o Brasil paga mais”
Serra reconheceu que a cobrança de pedágio nas rodovias paulistas não é barata (que coisa… aliás, falando em mentira, não foi isso que ele disse na entrevista ao Roda-Viva) mas considerou isso um mal necessário para manter as estradas em boas condições. É exatamente o discurso padrão que os empresários usam em qualquer tipo de negócio para elevar o preço dos serviços. Não precisam de melhor porta-voz.
O candidato tucano afirmou ainda que o aumento do número de praças de pedágio serve para diminuir os custos de quem viaja distâncias menores. “Às vezes, você aumenta o número de praças para as pessoas que saem antes pagarem menos. E isso tem um custo”.
Depois o Serra fica criando esquadrão antiboatos para desmentir o que ele diz. Não precisa. No caso dele, boato é verdade, mesmo.
PS: Mais cedo, em entrevista à Folha de S.Paulo, o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu o modelo de pedágios de São Paulo, mas não quis responder se achava os preços altos. Os tucanos pensam da mesma maneira. É importante que sejam entrevistados, pois quanto mais abrem o bico, mais se entregam.
Fonte: Blog do Brizola Neto
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Socorro Brito cumpre agenda na cidade de Mari no dia de hoje...
Nova Pesquisa: José Maranhão lidera com 47,5% e Ricardo Coutinho caiu para 30,55% revela a nova pesquisa Correio/Consult...
segunda-feira, 26 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
Novo jingle de Serra é péssimo
Mas ele é tão ruim, tão ruim, que deve ter sido composto pelo vice Índio da Bosta… quer dizer, da Costa.
Datafolha mostra Dilma subindo e Serra em queda...
* Celso Jardim
sexta-feira, 23 de julho de 2010
SERRA É DETESTADO ATÉ POR INTEGRANTES DO PSDB...
Comitê de Tasso é inaugurado sem imagens do presidenciável
O senador Tasso Jereissati IPSDB-CE) inaugurou o comitê de campanha em Fortaleza sem uma imagem sequer do presidenciável tucano, José Serra.
"Fizemos isso às pressas. Não deu tempo. Mas vai ter imagem dele", disse Tasso anteontem, questionado sobre falta de referência à candidatura de Serra.
Na casa, em um dos mais movimentados cruzamentos da cidade, um banner exibia retratos de Tasso, do candidato ao governo do Ceará, Marcos Cals, e do vice Pedro Fiuza. Apenas um ônibus estacionado ao lado do comitê estampava a imagem de Serra, que só foi citado no fim do discurso. "Essa eleição para a Presidência é muito especial: o Serra contra a Dilma", afirmou Tasso. "Me acusam de não me dar bem com Serra. Politicamente, eu me entendo muito bem com ele."
Tasso acusou o presidente Lula de pretender fazer do Brasil uma "ditadura populista, chavista, onde vai se cerceando os espaços de todo mundo".
Cadeia vira comitê eleitoral de candidato do DEM...
O advogado, André Luiz Stival, afirma que, caso seu cliente não seja libertado até o início da propaganda eleitoral em rádio e TV, tentará gravar, de dentro da cadeia, a participação de Santos no horário reservado ao DEM.
Faça um curso no Instituto ACM...
2. Como renunciar mandato para evitar a cassação
3. Apoie a ditadura e ganhe uma filial da Globo
4. Dar sumiço na amante sem deixar pista
5. Fazer papel de bonzinho em público e ter apelido de Toninho Malvadeza
6. Curso rápido de escuta telefônica ilegal
7. Como invadir o Centro de Processamento de Dados do Senado
8. Aprenda a criar um neto pequeno e metido a bater em presidente.
(Com a Folha de S.Paulo)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Serra viaja sozinho, não deixaram o Tonto acompanhar...
Maranhão inaugura comitê central nesta quinta-feira...
Comitê fica na avenida Epitácio Pessoa e vai concentrar ações de campanha
O Comitê Central funcionará em tempo integral e vai concentrar as ações de campanha em todo o Estado. Aliado a esse espaço, será instalado o Comitê de Articulação Municipal de João Pessoa, na avenida Ruy Carneiro. “O espaço vai atender os vereadores e lideranças municipais ligados a Coligação ‘Paraíba Unida’”, explicou Rui Leitão.
Ainda segundo Leitão, serão instalados comitês regionais nas cidades-pólo do interior do Estado, a começar por Campina Grande que deve receber o comitê na semana que vem. A Coligação ‘Paraíba Unida’ reúne 12 partidos na chapa majoritária. São eles: PMDB, PT, PSC, PTB, PCdoB, PR, PRB, PTdoB, PMN, PHS, PSL e PP. Na aliança proporcional, outros dois partidos - PSDC e PRTB - se somam aos 12.
da Redação (com assessoria)
WSCOM Online
DILMA 41% SERRA 28%: Dilma tem 13 pontos a mais que Serra no Ceará...
Na disputa pelos votos dos eleitores do Ceará para presidente da República, a candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT), larga com 13 pontos percentuais de vantagem sobre o principal adversário, José Serra (PSDB). No entanto, a ampla maioria prometida para Dilma pelos apoiadores locais não se confirma, pelo menos por enquanto. Ela tem apenas um ponto percentual a mais que a soma dos adversários, mostra a pesquisa O POVO/Datafolha.
O que significa que, considerada a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, não épossível nem sequer afirmarse a candidata de Lula venceria já no primeiro turno, caso dependesse apenas dos votos dos cearenses. A base aliada do Governo Federal no Estado tem expectativa de ampla vantagem para Dilma no Estado, sobretudo considerando-se que Lula, na região Nordeste, chegou a 87% de aprovação na pesquisa Datafolha nacional, divulgada no início domês. Além disso, Dilma tem como apoiadores dois candidatos ao Governo: Cid Gomes(PSB) e Lúcio Alcântara (PR).Justamente os dois que aparecem na frente na pesquisa O POVO/Datafolha.
Por enquanto, Dilma tem 41% das intenções de voto entre os cearenses. Serra tem 28%, enquanto Marina Silva (PV) alcança 8%. Somados, todos os adversários de Dilma têm 40%.Na pesquisa espontânea,na qual os eleitores dizem em quem pretendem votar sem ver o nome dos candidatos,os números são mais positivos para Dilma. Ela alcança 22%, contra 10% de Serra. Há, entretanto, outros 7% de eleitores que responderam que pretendem votar no “candidato do Lula” – que vem a ser Dilma. Outros 3% declararam intenção de votar em Lula,que não será candidato.
Marina aparece com 2%. O número mais expressivo, entretanto, ainda é o de indecisos:50% dos eleitores cearenses ainda não sabem dizer, espontaneamente, em quem pretendem votar para presidente.
O Povo Online
Maguila, Tiririca e Ésper tentam vaga na Câmara...
Que farão o ex-pugilista Maguila, o humorista Tiririca e o estilista Ronaldo Ésper em um blog de eleições, senão integrar o time de famosos que vão disputar uma vaguinha no Legislativo?
Pois bem. É isso mesmo.
Depois de enfrentar feras do ringue como Evander Holyfield e George Foreman, Maguila vai a um novo desafio: encarar as urnas por um lugar na Câmara dos Deputados. Candidato pelo nanico PTN, o ex-lutador de 62 anos declarou à Justiça Eleitoral não possuir nenhum bem em seu nome. No campo “profissão”, Maguila declarou aos juízes ser comerciante.
O palhaço Tiririca foi outro que declarou ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que não tem patrimônio próprio. Natural de Itapipoca, no Ceará, o humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, de 55 anos, encontrou legenda no PR. Tiririca informa em seu pedido de registro de candidatura que é ator e diretor de espetáculos públicos.
Ronaldo Ésper, de 65 anos, que se desistiu de tentar se tornar vereador em 2008 pelo PTB, agora vai ao pleito representando o PTC, partido que fez de Clodovil Hernandes (morto em 2009) o terceiro deputado mais bem votado em São Paulo em 2006. Ésper informou à Justiça Eleitoral que é dono de um patrimônio de R$ 347 mil, do qual fazem parte uma casa em São Paulo, participação em duas empresas e um Fusca 96.
Na Folha.com você já ficou sabendo que também são candidatas algumas “mulheres-fruta” e os irmãos Kiko e Leandro, do KLB.
Voltaremos ao tema...
Fonte: PB AGORA
Desmatamento da Amazônia cai 47% em 10 meses...
A repórter Marta Salomon revela, em matéria publicada agora à noite no Estadão, que os dados preliminares do Deter – um sistema de monitoramento por satélites que identificada desmatamentos superiores a 50 hectares – registrou uma redução, de agosto para cá, de 47% na área desmatada da Amazônia, superior até ao recorde de queda, de 42%, registrado no ano anterior.
Isso significa que a velocidade do desmatamento na Amazônia foi reduzida em 80% em dois anos.
Em termos numéricos: o desmatamento cau, ano a ano, da seguinte forma:
Entre agosto de 2007 e julho de 2008, devastaram-se 13 mil quilômetros quadrados de mata.
Entre agosto de 2008 e julho de 2009, a floresta perdeu 7, 46 mil quilômetros quadrados de área.
E agora, entre agosto de 2009 e julho de 2010, o desmatamento se reduziu a 1, 57 mil quilômetros, nas medições preliminares de grandes areas. Mesmo que as pequenas áreas façam este número dobrar, ainda assim será uma queda de cerca de 50% em relação ao ao anterior.
É uma grande vitória e nos aproxima de nossos compromissos – voluntários – apresentados na Conferência do Clima, em Copenhague, ano passado.
E é ainda, um grande desafio, o de seguir neste caminho. Não é pouco falar que as florestas derrubadas se medem ainda em um milhar, em centenas de quilômetros quadrados.
Sabemos que isso nunca será zero, e zero não poderá ser se quisermos dar dignidade e trabalho aos povos daAmazônia e aproveitar para o povo brasileiro as riquezas que ali ainda dormem. Mas o pouco que for necessário desmatar poderá ser superado em muitas vezes pelas áreas degradadas que se puder recuperar e com as pessoas que se puder resgatar da atividade predatória para ações que defendam o nosso grande tesouro amazônico.
Uma noticia destas vela o serão, vale muitos serões.
Stone defende nacionalização do petróleo nos EUA...
Falando em petróleo e segurança na sua exploração, o cineasta americano Oliver Stone (foto) disse, nesta terça-feira, em Londres, que o vazamento de petróleo no Golfo do México mostra que os Estados Unidosdeveriam seguir o exemplo dos países latinoamericanos e nacionalizar a exploração de seu petróleo.
Em entrevistas concedidas em Londres, disse que o petróleo e outros recursos naturales “pertencem ao povo e são importantes paraserem deixados sob o controle privado. “Este derrame de petróleo da British Petroleum é algo típico do que acontece cuando se permite que una industria privada trate apenas como lucro o que deveria ser um bem púbico”, disse Stone, vencedor de vários “Oscar”
Nem a indústria do petróleo, nem a da saúde nem as prisões deveriam ser fontes de lucro privadas, são atividades esssencialmente públicas.
Amanhã ou depois, assim que traduzir, publico trechos da carta onde Oliver Stone rebate as críticas do jornalista Larry Rother, do NY Times, ao seu filme “Ao Sul da Fronteira, que está sendo lançado na capital inglesa.
Financial Times vê Brasil capaz de explorar pré-sal...
Ao contrário de O Globo que disse que o Brasil ia na “contramão do mundo” ao iniciar a exploração do pré-sal após o acidente da BP no Golfo do México, o conservador Financial Times fez ontem uma matéria correta, dizendo que o Brasil encara os riscos da operação e está muito mais preparado que os Estados Unidos para abrir uma nova província petroleira em águas profundas.
Mesmo com sua postura claramente antiestatal, em nenhum momento o Financial Times condena a exploração do pré-sal ou sugere que ela seja entregue às multinacionais do petróleo, e, de forma jornalisticamente responsável, aponta as vantagens brasileiras diante dos riscos.
“As regras brasileiras são geralmente vistas como mais severas que as dos Estados Unidos, onde o Serviço do Gerenciamento dos Minerais enfrentou críticas por permitir a autoregulação da indústria”, aponta o jornal inglês.
O Financial Times diz que o vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no início de 2000, e o afundamento da P-36, em março de 2001, levaram a Petrobras a aprimorar seus procedimentos de segurança. “Ao contrário de muitos de seus pares grandes produtores de petróleo, a Petrobras manteve sua expertise de engenharia e exploração em águas profundas em casa, ao invés de terceirizar isso para outras empresas”, ressalta o jornal econômico, destacando uma diferença essencial da Petrobras para a BP.
“Esses recursos internos são de grande importância para intervenões rápidas em situações de emergência”, destaca Ildo Sauer, ex-diretor da Petrobras, e grande conhecedor do setor de petróleo. Aliás, O Globo não ouviu ninguém da Petrobras em sua matéria que foi manchete de capa, condenando o Brasil por explorar o pré-sal quando EUA e Europa reduzem sua produção.
O Financial Times, por suas posições conservadoras e “pró-mercado”, faz suas ressalvas ao maior controle da Petrobras e da Petrosal sobre o óleo do pré-sal, mas é honesto em sua reportagem, inclusive já tratando de novas medidas anunciadas pela Agência Nacional do Petróleo após o acidente da BP.
O problema que o FT vê, pela ótica das empresas, é a incerteza que ronda a discutida compra pela BP, em março deste ano, por US$ 7 bilhões, de 10 blocos no pré-sal, que pertenciam a Devon Energy. A BP espera que a compra seja aprovada até o fim do ano, mas a ANP está revendo o negócio “com o Golfo do México em mente”.
Está aí uma boa pauta para O Globo acompanhar diante de sua “preocupação com o meio ambiente” após o acidente da BP. Que exigências serão feitas à empresa britânica? Será que ela poderá terceirizar a exploração como fez no Golfo do México? Que medidas de segurança ela passou a adotar após o recente acidente?
São apenas algumas perguntas que o jornal, com os profissionais que tem, poderá desenvolver muito melhor do que eu. A menos que sua preocupação ambiental seja seletiva e só aconteça em relação a petrobras.
E a escalada da inflação que ia salvar Serra deu chabu...
Desde o início do ano, este modesto blogueiro vinha avisando aqui que as tais “pressões inflacionárias” com que o “mercado” e a grande maioria dos jornalistas e analistas econômicos aterrorizavam o país eram inconsistentes e que visavam um jogo político que forçava, de um lado, a elevação de seus ganhos com a fixação de taxas de juros mais altas pelo Banco Central – o que conseguiram, em parte – e a criação de um clima de insegurança econômica que ajudasse a eleição de Serra.
Contavam, claro, com o que chamam de “componente psicológico da inflação” que é aquele raciocínio simplório de que “já que os preços vão subir eu vou subir meus preços logo”. Esqueceram, porém, que numa economia ativa, onde o poder de compra cresce, aumentando o consumo e criando pressões entre fornecedores e vendedores, essa influência não é tão expressiva quanto num quadro de estagnação. O aquecimento da inflação, como foi demonstrado várias vezes, estava concentrado no setor de alimentos, influenciado por fatores sazonais o menos influenciável pelo “remédio” da alta de juros que propunham.
Os fatos estão confirmando isso. O IPCA-15, uma espécie de prévia da inflação oficial registrou deflaçãode 0,09% em julho, conforme divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho do ano passado, o índice ficou em 0,22%.
Com isso, a variação acumulada nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,74%, abaixo do registrado nos 12 meses anteriores, 5,06%. Ou seja, contados dois períodos de um ano, a inflação, em lugar de subir, caiu. No ano, a variação acumulada ficou em 3,26%, ainda um pouco acima do mesmo período do ano passado, 2,72%. Mas a tendência é também convergir para uma baixa.
Fica claro, portanto, que crescimento acelerado não é sinônimo de disparada inflacionária. Nem é desculpa para uma política de juros altos e para a volta do pessoal do “Brasil de roda presa”.