terça-feira, 12 de outubro de 2010

Homem-bomba de 4 milhões desmente Serra,confirma amizade com ex-chefe da Casa Civil do candidato tucano e faz ameaça...


Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês (imprensa) fiquem perguntando”.

José Serra, sobre o homem de 4 milhões de reais

Não somos amigos, mas ele [Serra] me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder [...] Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala consente”.

Paulo Preto sobre o silêncio do candidato Serra no caso

“Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”.

Paulo Preto, em tom de ameaça aos tucanos

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(Na inauguração do Rodoanel, Paulo Preto agachado, camisa clara e sem paletó, e o Governador José Serra ao fundo)

O homem-bomba do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, a quem a candidata Dilma Rousse acusou de sumir com 4 milhões de origem desconhecida e que seriam do partido, está um poço até aqui de mágoa com o candidato José Serra. Em reportagem publicada hoje, Paulo Vieira, ou Paulo Preto, diz que todas as suas atitudes foram informadas a José Serra. Ele quer que o candidato o defenda da acusação de Dilma. “Quem cala, consente”, afirma.

Paulo Preto dirigiu o Dersa por vários anos e tomou conta de obras de mais de 6 bilhões de reais em São Paulo, como o Rodoanel. Em 2007, sua família, emprestou 300 mil reais ao ex-chefe da Casa Civil de José Serra, o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira, para a compra de um apartamento. Aloysio diz ter pago a dívida. Mas não consta a existência da cobrança de juros. Preto afirma que “acha um absurdo” as acusações contra ele não terem resposta (de Serra). “Por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder”. As denúncias do desvio dos 4 milhões foram publicadas pela revista IstoÉ, em agosto. Como seria dinheiro ilegal, o PSDB não pôde apresentar queixa.

Paulo Preto nega ter feito tal arrecadação de fundos, ele porém admite ter criado as melhores condições para que a campanha de Serra recebesse importantes doações. Ele foi afastado de suas funções públicas nos últimos dias de abril, uma medida preventiva , segundo alguns tucanos ouvidos pela IstoÉ. O engenheiro está inconformado com o seu afastamento do cargo. Trata-se de pessoa muito orgulhosa e “arrogante”, segundo os mais próximos. Sobre o trabalho que possibilitaria a doação de dinheiro à campanha de Serra pelas empreiteiras, Paulo Preto afirmou que isso ocorreu porque foi dele a palavra final para o pagamento das empresas e dentro do prazo previsto.” Ninguém nesse governo deu condições das empresas apoiarem mais recursos politicamente do que eu”.

Paulo não gosta do apelido de Paulo Preto. Diz que desde cedo sabia o que seria na vida: um homem rico. Ele reafirma amizade pessoal com Aloysio Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil de Serra. O senador eleito não quer se pronunciar sobre o episódio. Paulo Preto no momento é suspeito de receptação de uma jóia roubada.

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