A Cinelândia estava lotada, mas o "folhômetro" achou que estava vazia
Estimar multidões em manifestações políticas é uma tarefa difícil. Tem gente que procura dividir os espaço em metros quadrados e ver quantas pessoas os ocupam. Outros se recordam de manifestações anteriores no mesmo local para ter um termo de comparação. Mas a imprensa, para evitar subjetividades maiores, costuma se orientar por dois parâmetros: a estimativa da Polícia Militar e a dos organizadores.
Mas a sempre “inovadora” Folha de S.Paulo lançou uma nova forma de cálculo, que podemos sugerir que batize de “Folhômetro”. Trata-se da impressão do repórter pelo que se pode depreender da matéria sobre o comício de Dilma na Cinelândia hoje. “A Polícia Militar fala em 15 mil pessoas no evento, mas a impressão é de um público menor com cerca de 5.000″, diz a matéria, que sequer recorre à estimativa dos organizadores.
O “Olhômetro” da Folha fez sua estréia hoje no Rio. Quando Dilma esteve em Porto Alegre, no primeiro evento de campanha, o jornal citou que tinham 4.000 pessoas segundo a campanha petista, ou 1.000, de acordo com a Brigada Militar. O “Folhômetro” devia estar ainda em fase de ajustes. No dia 7, quando Dilma foi a São Paulo, o “Folhômetro” também não entrou em ação, já que a matéria reportava que cerca de 4.000 pessoas participaram do evento pela estimativa do PT, e 1.300 pessoas segundo a Polícia Militar.
Pelo que percebemos em sua estréia, o “Folhômetro” é implacável. Vamos ver como se comporta nos comícios de Serra, se é que algum vai acontecer com alguma dificuldade de contagem além dos dedos das mãos.
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