Dilma Rousseff se saiu muito bem no massacre que acaba de ser promovido pelo Jornal Nacional ao não titubear em nenhuma resposta e se mostrar preparada para qualquer tipo de questionamento. Se a TV Globo repetir o modelo com José Serra e bombardeá-lo com perguntas negativas, como aconteceu com Dilma, o termo de comparação vai ser muito interessante.
Dilma administrou com segurança a tentativa de várias perguntas de imputar a ela a imagem de autoritária ou de excessiva dependência de Lula, elogiando sempre o presidente e ressaltando o seu papel particular, como ministra e coordenadora de governo, para que o crescimento com redução das desigualdades acontecesse nos oito anos de governo.
A candidata também soube aproveitar as oportunidades para cutucar o adversário, destacando a pesada herança política e econômica que Lula recebeu dos tucanos, e ressaltando a capacidade do atual governo de dialogar com os movimentos sociais. “Não tratamos os movimentos sociais a cassetetes”, disse Dilma, numa referência clara à maneira de Serra lidar com os professores de São Paulo.
À pergunta de se o PT errou antes ou agora por fazer alianças com personagens da política brasileira que criticava, Dilma rebateu com precisão ao dizer que a pergunta deveria ser onde o PT acertou. Dilma afirmou que governar implica alianças, mas não abrir mãos das convicções. “Queremos apoio, mas quem nos apóia tem que aceitar nossas diretrizes.”
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